PALMAS
SAÚDE

Uma família diz sim à vida no Hospital Regional de Araguaína

No sábado, 21, após gesto de amor de uma  família enlutada, foram captados córneas, rins e fígado, no Hospital Regional de Araguaína (HRA).  O doador, do sexo masculino, tinha 25 anos e diagnósticado com morte encefálica.

A Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), do HRA, já atua na unidade há mais de cinco anos e segundo a enfermeira Luna Maciel, “este é o segundo Natal consecutivo em que nosso hospital presencia, em meio à tristeza da despedida, o brilho da esperança renascer através da doação de múltiplos órgãos. O simbolismo dessa coincidência nos faz refletir sobre a força da solidariedade humana, que mesmo nos momentos mais difíceis é capaz de promover a continuidade da vida”, acrescentou a enfermeira.

“Aos familiares, nossa mais sincera gratidão por sua decisão em meio ao luto. Dizer sim à doação de órgãos em um momento de imensa dor é um ato que transcende o sofrimento e se transforma em um gesto de amor absoluto. A generosidade da família ilumina a vida de pessoas que aguardavam por um milagre e inspira todos nós que testemunhamos essa atitude tão grandiosa e solidária”, acrescentou o psicólogo, Eduardo de Pinho e  o médico Claudivan de Abreu, que fazem parte da equipe do HRA.

A diretora-geral do HRA, Cristiane Uchoa, frisou a importância do ato. “Ressignificar um momento de perda com ato de grandeza e amor. Agradeço também o trabalho da equipe do CIHDOOT/HRA que dão todo o suporte psicológico e de assistência à família neste momento. Não é um trabalho fácil, mas é um processo valioso”.

O médico cirurgião do Instituto de Cardiologia e Transplante de Brasília, (ICTDF), Gabriel Oliveira destacou que “é um momento único. Temos a oportunidade de vir, nos deslocarmos para outro Estado, para efetuar a captação do órgão. Levar para o Instituto e saber que estamos contribuindo para solucionar um problema crônico da fila de espera e salvar a vida de mais um paciente. Estamos muito agradecidos à família do doador, todo o nosso respeito nesse momento que sem autorização da família, sem a doação, todo esse processo não seria possível. Chegando em Brasília, existe uma fila dos receptores na qual é respeitada uma ordem de listagem nacional e regional e a partir daí é alocado o órgão”.

As equipes da Central Estadual de Transplante do Tocantins (CETTO) de Palmas, participaram da operação, que contou também com o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB) e Instituto de Cardiologia e Transplante de Brasília (ICTDF).

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