Laços entre pais e filhos tocantinenses são fortalecidos nos Jogos Escolares Brasileiros

Os Jogos Escolares Brasileiros (JEBs), disputados em Recife, Pernambuco, foram muito além das competições esportivas e revelaram momentos de união entre pais e filhos. A competição terminou oficialmente nessa quinta-feira, 3, e contou com a participação de mais de 200 estudantes-atletas tocantinenses, incentivados pelo Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Educação.

Enquanto os estudantes-atletas das escolas estaduais, municipais e particulares do Tocantins se esforçaram para dar o seu melhor, os pais se tornaram seus maiores torcedores, seja pelos gritos de incentivo ou nos abraços após as provas.

Para muitas famílias, essas participações nos eventos esportivos se transformam em oportunidades de fortalecer laços e ensinar importantes lições. Como é o caso da família da Manuela Caetano Costa, estudante-atleta da natação, do Colégio Marista, de Palmas. Ela participa dos JEBs pela primeira vez e veio acompanhada de seus dois principais incentivadores: seus pais José Mário Silva e Costa e Márcia Caetano de Araújo.

O pai conta que a motivação inicial para a natação foi tornar a filha mais independente, além de ser uma alternativa para que ela passe algum tempo longe das telas digitais. “Ter muitos eletrônicos à disposição das crianças está afastando, de uma certa forma, essa geração da prática do esporte e, por sua vez, está trazendo consequências na própria saúde, seja física, emocional e até mental”.

Para Manuela, o apoio dos pais é muito importante, pois foi graças a eles que ela conseguiu se encontrar nessa modalidade. “Eles sempre me incentivaram desde o início. Foram eles que me colocaram na natação e eu fui tomando gosto”, comenta a jovem sobre o apoio dos pais. “Eu acho bastante importante a torcida deles, porque eles me dão muito apoio, algumas dicas e eu gosto muito”, ressalta Manuela.

O pai da estudante-atleta comenta que, durante as provas, o coração fica apreensivo, mas que aproveita a situação para demonstrar total apoio à filha. “Além do fato de você estar perto da família, você consegue transmitir suporte emocional para a criança, que eu acho fundamental nessa fase de adolescência, os pais estarem presente para acompanhar e transmitir essa segurança emocional para eles”.

Márcia, mãe de Manuela, acrescenta que, apesar da torcida pelos bons resultados, esse acompanhamento é uma chance de mostrar que o objetivo não é apenas ganhar, mas também aproveitar a experiência e construir memórias. “A gente sempre deixa bem claro para a Manuela sobre essa questão de se desafiar, mas que ela está aqui também para se divertir, para ela não ficar tão preocupada com o resultado e aproveitar esse momento aqui, que, além de proporcionar a questão da saúde, tem também a amizade”, completa.

A parceria dos pais na competição também pode fazer parte dos ensinamentos entre gerações. Valdeir Ferreira dos Santos foi triatleta profissional de 1993 a 2005 e passou o amor pelo esporte para seus filhos Luna Maria Resende dos Santos, de 11 anos, e Lucas Emanoel Resende dos Santos, de 14 anos. Os adolescentes também representam o Tocantins nos JEBs, pela natação.

“Eu sempre vivi isso como filosofia de vida e, certamente, eu transfiro isso para eles. A minha energia não é mais a mesma, mas continuo com uma energia positiva para o esporte”, pontua Valdeir. Com a experiência, ele explica que assiste às provas também para ajudar os filhos tecnicamente e que isso fortalece a ligação entre a família. “Eu acho que nós temos um vínculo bem maior do que outros tipos de relação entre pais e filhos, porque tem a troca de pai para filho, mas também as nossas ambições esportivas. Então, acho que isso contribui mais ainda para fortalecer os laços”, completou.

Luna, que pratica a modalidade desde os 2 anos, comenta que acha legal a torcida do pai e que isso a motiva. “Quando eu estou no bloco, na hora que vai começar a prova, eu olho para o meu pai, para a minha mãe e penso em dar o meu melhor para deixar eles orgulhosos”.